Quem sou eu
- Júnior Silva
- Da Vila das Velhas agústias, uma província que a cada nova administração municipal vem se tornando mais teocrática, localizada no Estado da última possibilidade da Santíssima Trindade, Brazil
- Quando a academia me concedeu um título de filósofo, fiquei tentado a achar que eu era mais inteligente que todo mundo. Mas, quando meu amigo 7 Linhas reprovou as disciplinas do curso e jubilou a universidade federal de sua vida percebi que o espaço sideral de mediocridade superior era pouco para dizer quem eu sou. A condição de professor alimentou a minha arrogância em um primeiro momento, e em um segundo também, e continua alimentando até hoje, mas também me fez perceber que arrogância sem humanidade se torna tirania, e arrogância com humanidade pode ser uma arma contra a mediocridade social. Mas a condição de professor também é pouco para dizer quem sou. Aí então criei esse Blog, que também é pouco para me revelar, e dificilmente alguma coisa será suficiente para revelar alguma coisa...! Mas tudo isso é só um discurso... posso não ser nada disso!
domingo, 4 de outubro de 2009
A calçada, o fim de tarde
A calçada, o fim de tarde, a conversa, a amizade Tudo se mistura, tudo se refaz O território sagrado da gelada que alivia, que abastece, que esquece... que a alma agradece! Perseguindo a alegria, atravesso os meus dias Trabalho, me arrisco, mas não perco a fantasia Tem dias que me arrasto, em outros me atropelo Na ternura dos seus olhos... eu me recupero! A Calçada - júnior Silva -
Pra Morrer
Para não morrer quando chegar aos trinta e cinco
Precisei matar aos trinta e dois
Para não morrer quando chegar aos trinta e cinco
Precisei matar aos trinta e dois
- Júnior Silva -
Ilustração: Angústia - Júnior Silva, 2006
“Agora você vê as coisas claramente.
Vê todas essas vidas emprestadas...
Vozes emprestadas.
Milli Vanilli por toda parte.
Você olha para as coisas que não pode comprar.
Agora você nem quer comprar.
As coisas que ainda estarão aqui depois que você se for.
Quando você morrer.
Aí, você se dá conta de que todas as coisas nas vitrines brilhantes...
Todos os modelos dos catálogos...
Todas as cores, as ofertas especiais...
As ‘receitas’ da televisão
Aquele monte de comida gosdurosa...
Tudo está lá para nos afastar da morte.
E não funciona.”
Vê todas essas vidas emprestadas...
Vozes emprestadas.
Milli Vanilli por toda parte.
Você olha para as coisas que não pode comprar.
Agora você nem quer comprar.
As coisas que ainda estarão aqui depois que você se for.
Quando você morrer.
Aí, você se dá conta de que todas as coisas nas vitrines brilhantes...
Todos os modelos dos catálogos...
Todas as cores, as ofertas especiais...
As ‘receitas’ da televisão
Aquele monte de comida gosdurosa...
Tudo está lá para nos afastar da morte.
E não funciona.”
Trecho do filme “Minha Vida Sem Mim”, de Isabel Coixet
Assinar:
Postagens (Atom)